Obra Produtividade Milagrosa

Olá! Meu nome é Edson de Lima. Quero te contar sobre o processo criativo da obra Produtividade Milagrosa.

No dia 02/01/2022, em um áudio de WhatsApp, Daniel Alex, líder da área de empreendedores da igreja em que sou membro, lançou para mim o seguinte desafio:

“Porque você não cria uma arte com base nessa dualidade que todos os empreendedores vivem: Trabalhar arduamente e descansar em Deus. Orar e descansar, porque tudo depende de Deus, mas, ao mesmo tempo, devemos trabalhar como se tudo dependesse de nós. Porém, sabemos que descansar em Deus nos levará ao máximo da produtividade.”

A parte do áudio que mais me chamou a atenção foi quando ele disse que “(…) descansar em Deus nos levará ao máximo da produtividade.” Mas, como sou hiperativo, pensei: Descansar não seria a palavra correta, mas sim ouvir a voz de Deus e obedecê-Lo. Isso nos levará à máxima produtividade.

O interessante é que o Daniel me fez este desafio em um dia que eu estava esgotado de tanto trabalhar. Era meu último dia de trabalho na semana. A partir do dia seguinte teria uma folga de três dias e já havia planejado tudo que iria fazer. Contudo, depois que recebi o desafio de criar a arte, pensei: Lá se vai a minha folga.

Então, resolvi que no primeiro dia de folga iria acordar mais tarde, fazer a barba e cortar o cabelo com o Gustavo, na Barbearia Torres.

De fato, acordei um pouco mais tarde, mas ainda assim me sentia cansado e com sono. Eu estava esgotado fisicamente.

Conversando com o Gustavo na Barbearia, ouvi seu conselho de dormir um pouco após o almoço e assim fiz. Dormi aproximadamente 3h e só então recuperei minha energia. Depois fui malhar e à noite não fiz absolutamente nada.

Assim, tirei esse dia para descansar e, por coincidência, era o sétimo dia da minha semana, pois já havia trabalhado seis dias seguidos.

Com isso, me lembrei que Deus descansou no sétimo dia, após criar todas as coisas, conforme relatado na Bíblia e, em obediência à Palavra de Deus, também descansei, abrindo mão de seguir uma agenda lotada, que me levaria ao esgotamento.

“Assim acabou a criação do céu e da terra, e de tudo o que neles existe. No sexto dia Deus terminou todo o seu trabalho; e ele descansou no sétimo dia de todas as obras que ele tinha feito. Deus abençoou o sétimo dia e fez dele um dia santo, porque foi nesse dia que Deus completou todo o seu trabalho de criação.”

Gênesis  2:1-3   VFL

Mais tarde, antes de dormir, minha esposa perguntou: Você orou e pensou sobre a arte que o Daniel te propôs?

Já deitado, respondi: Não, eu não pensei nada. Mas dentro de mim, falei comigo mesmo, vou deitar e pensar um pouco, pois sei que antes de pegar no sono Deus me dará a ideia da arte.

Quando coloquei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos, não demorou muito e lembrei da passagem bíblica em que Jesus manda os discípulos lançarem as redes ao mar após eles terem tentado pescar a noite inteira sem sucesso. Apenas quando ouviram e obedeceram a Jesus conseguiram pescar em abundância, ou seja, com a máxima produtividade.

Isso me despertou! Então, eu me levantei, peguei o celular e fui pesquisar e ler mais sobre essa passagem no Novo Testamento.

Encontrei duas cenas bem parecidas, porém em momentos diferentes. A primeira em Lucas 5:1-11 VFL .

O interessante é que a passagem de Lucas fala do início do ministério de Jesus, o primeiro contato com Pedro e alguns outros discípulos.

“Certo dia, Jesus estava perto do lago de Genesaré e uma multidão se ajuntou ao seu redor, apertando-o para ouvir a mensagem de Deus. Jesus, então, viu dois barcos perto da praia. Os pescadores tinham desembarcado e estavam lavando as suas redes. Ele entrou no barco que era de Simão e lhe pediu que afastasse um pouco o barco da praia. Depois ele se sentou e começou a ensinar a multidão. Quando ele acabou de falar, disse a Simão: — Leve o barco para onde o lago é mais fundo. E você e seus companheiros joguem as redes para pescar. Simão lhe disse: — Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e não pegamos nada. Mas como me manda jogar as redes, eu obedecerei. Quando jogaram as redes, pegaram tantos peixes que as redes deles estavam quase arrebentando. Então, fizeram sinais aos companheiros do outro barco para vir ajudá-los. Eles vieram e encheram os dois barcos de tal maneira que quase se afundaram. Simão Pedro, quando viu isso, se ajoelhou aos pés de Jesus e lhe disse: — Afaste-se de mim, Senhor, pois eu sou um pecador! Ele disse isso porque tanto ele como os outros estavam muito assustados com a quantidade de peixes que tinham apanhado. Tiago e João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão, também estavam muito assustados. Então Jesus disse a Simão: — Não tenha medo! De agora em diante você será pescador de gente. Eles então arrastaram os barcos para a terra, deixaram tudo, e o seguiram.”

Lucas 5:1-11 VFL

Após ouvirem e obedecerem a Jesus realizaram uma pesca milagrosa e surpreendente!

Quando largaram tudo, seus barcos e o resultado da pesca, o fizeram porque haviam encontrado um propósito maior: seguir a Jesus.

Em João 21 Jesus já havia ressuscitado. E no capítulo 20, Jesus havia aparecido aos discípulos duas vezes.

“Depois disso, Jesus apareceu outra vez aos seus discípulos perto do Mar de Tiberíades. Foi assim: Estavam juntos Simão Pedro, Tomé (chamado Dídimo), Natanael (de Caná da Galileia), os dois filhos de Zebedeu e outros dois discípulos. Simão Pedro disse aos outros: — Vou pescar. Os outros discípulos disseram: — Nós também vamos com você. Então eles foram e entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada. De manhã, quando começou a clarear, Jesus estava na praia, mas os discípulos não sabiam que era ele.

Jesus perguntou a eles: — Amigos, vocês não pescaram nada, não é verdade? E eles responderam: — É verdade. Então Jesus disse a eles: — Joguem a rede do lado direito do barco e vocês encontrarão alguma coisa. Eles jogaram a rede e logo depois já não podiam puxá-la para dentro do barco por causa da grande quantidade de peixes. O discípulo que Jesus amava disse a Pedro: — É o Senhor! Quando Pedro o ouviu dizer isto, amarrou o roupão à sua volta (pois o tinha tirado) e se jogou na água. Os outros discípulos continuaram no barco, arrastando a rede cheia de peixes. Eles não estavam muito longe da praia, apenas a uns cem metros. Quando os discípulos desceram do barco, viram uma fogueira com peixes nas brasas, e pão. Então Jesus disse: — Tragam alguns dos peixes que vocês acabaram de pescar. Simão Pedro entrou no barco e puxou a rede até à margem. A rede estava cheia com cento e cinquenta e três grandes peixes e, mesmo assim, ela não arrebentou. Jesus lhes disse: — Venham comer. (Nenhum dos discípulos se atrevia a perguntar quem ele era, pois todos sabiam que era o Senhor.) Jesus chegou perto, pegou o pão e repartiu entre eles. E fez a mesma coisa com os peixes.”

João 21:1-13 VFL

Então, comecei a meditar nas seguintes palavras-chave que foram destacadas em vermelho nos dois versículos anteriores:

Se prestarmos atenção, podemos ver que os discípulos tiveram uma estratégia e direção diferentes do convencional, que os levou a uma produtividade milagrosa. Eles ouviram e obedeceram a Jesus. Agiram de forma diferente, pois pescaram durante o dia. Isso nos mostra que muitas vezes temos que agir fora do padrão, parar de imitar os empreendedores do mundo e ouvir a Jesus. Muitas vezes teremos que pescar de dia e em águas profundas, outras vezes próximo da praia, em águas rasas, pois Jesus dentro do nosso barco ou mesmo na praia terá uma visão melhor de como devemos agir para alcançarmos um grande resultado e produtividade.

Sou muito ativo, não consigo ficar quieto. Vivo atarefado, fazendo mil coisas. Descansar é algo muito difícil pra mim. Na verdade, bem lá no fundo, acredito que se não estou fazendo algo, estou agindo errado.

Sei que servimos a Deus em nosso trabalho, mas nós O honramos quando descansamos.

Assim, meu desejo é desacelerar, meditar na Palavra e parar um pouco, de maneira que eu possa ouvir a voz de Deus e me preparar para realizar o trabalho que Ele está me chamando para fazer. Quando fico horas trabalhando, sem descanso, me sinto esgotado e acabo tomando decisões apressadas, com base no coração, ajo sem pensar, não dou a devida atenção à família e prejudico minha saúde.

“Deus nunca nos pediu para enfrentar as pressões e demandas da vida em nossos próprios termos ou confiando em nossa própria força. Ele também não exigiu que ganhássemos o favor dele reunindo um impressionante portfólio de boas obras. Em vez disso, Ele nos convida a descansar Nele”. (Charles Swindoll)

Ouvir a Deus nos capacita a dizer sim ao trabalho para o qual Ele tem preparado os nossos corações e não para o trabalho que esgotará nossas almas.

Deus é nossa força. Então, nossas vidas não se resumem a encontrar mais tempo na agenda para fazer mais, mas descobrir o que Deus está nos chamando para fazer, para que possamos servir mais, dar mais, encorajar mais, da forma certa e nos lugares certos.

“Agora vou fazer uma coisa nova. Já está acontecendo! Vocês já podem vê-la! Vou fazer um caminho no deserto e rios na terra árida.”

Isaías 43:19 VFL

Entretanto, como a vida imita a arte, a ideia desse quadro veio quando eu já estava cansado e, em obediência à Palavra, descansei fisicamente em Deus, no sétimo dia da minha semana.

Falando sobre números, é interessante observar que havia sete pessoas no barco na passagem de João 21. Eles pescaram 153 peixes. Os peixes representam as pessoas que não conhecem a Jesus e acredita-se que, já na época em que o livro de João foi escrito, haviam 153 nações no mundo. Assim, a pesca narrada nessa passagem pode representar muito mais do que 153 peixes, ela representa o desafio de levar o Evangelho a todas as nações.

Esse quadro retrata a obediência à voz de Jesus. Quando a obedecemos, Ele nos leva ao máximo da produtividade. Assim as nossas redes estarão cheias e, como os discípulos, poderemos descansar e contemplar a presença Dele junto à margem, desfrutar de um grande resultado em paz, junto com nosso merecido descanso.

Mas a história dessa arte não acaba por aí. A primeira arte que criei era linda, mas um pouco feminina e infantil. Uma composição que não ficaria bem em um ambiente corporativo, como era a proposta do desafio.

Mas na madrugada do dia 23 de janeiro de 2022 criei outra obra. Era novamente um sábado de folga. Após um longo dia de descanso, aproximadamente à 1h30 da manhã, eu não ouvi a voz de Deus, mas fiquei acordado porque sabia que o insight da arte viria naquela madrugada

Às 2h45 da madrugada cheguei à conclusão de que a obra “Produtividade Milagraosa” precisava ter três elementos.

Primeiro, uma fogueira na base, que representava a luz e a criatividade divina, indispensável para o sucesso de qualquer empreendedor. Assim, o fogo representa a terra firme, de onde Jesus deu a ordem aos discípulos que estavam a 100 metros de distância, como descreve João 21.

Como segundo elemento, a arte precisava de alguns peixes, que representassem o resultado alcançado com a utilização de diferentes estratégias, seja a grande pesca em águas rasas ou profundas.

O terceiro elemento seria o barco, representando o negócio do empreendedor, que está exposto às intempéries do tempo, aos mais diferentes cenários: vento, chuva, sol… Mas não importa como estará o mercado, lançaremos nossas redes na direção certa se ouvirmos a voz de Deus.

Contudo, para ouvir a voz de Deus é preciso estar perto Dele. Além disso, não basta só ouvir, é necessário obedecer ao Deus que quer se relacionar com todos nós.

Ao final, foram necessários 21 dias para a conclusão da obra baseada em João 21.

O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Ele me faz descansar em campos verdes, ele me leva para junto de águas tranquilas. Ele renova a minha vida. Ele me guia por caminhos bons porque ele é bom.”

Salmos 23:1-3  VFL