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Obra Belo Horizonte

Antes do advento da fotografia, o status da arte era a representação do real, quanto mais realista, mais valorizada era a obra do artista. Com o passar dos anos, com o avanço da tecnologia e o surgimento da fotografia, a obra artística abstrata ganhou lugar de destaque.

Embora alguns tenham uma postura negativa em relação ao abstrato, por considerá-lo uma negação ou até mesmo uma rejeição da realidade, eu o vejo como uma forma de representar realidades espirituais que não são figurativas, mas que podem ser representadas com tanta clareza quanto uma fotografia ou uma obra de arte realista.

Penso que a arte, antes utilizada para expressar os grandes feitos de Deus de forma figurativa, pode hoje, por meio do estilo abstrato, reafirmar as maravilhas do Deus que não mudou.

Quando comecei a criar a arte BELO HORIZONTE, pensei em responder de forma criativa às realidades comuns, porém complexas, as quais estamos expostos no dia a dia e que muitas vezes passam por nós despercebidas porque não podemos enxergá-las, apenas senti-las.

Fazendo uso do estilo abstrato e minimalista, sem abrir mão, contudo, da expressividade, criei a arte BELO HORIZONTE inspirado pelo texto de Salmos 19 que diz:

“Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra e as suas palavras até os confins do mundo. Nos céus ele armou uma tenda para o sol, que é como um noivo que sai de seu aposento e se lança em sua carreira com a alegria de um herói. Sai de uma extremidade dos céus e faz o seu trajeto até a outra; nada escapa ao seu calor. A lei do Senhor é perfeita e revigora a alma. Os testemunhos do Senhor são dignos de confiança e tornam sábios os inexperientes. Os preceitos do Senhor são justos e dão alegria ao coração. Os mandamentos do Senhor são límpidos e trazem luz aos olhos.”

Salmos 19:1-8 NVI

Esta obra é uma porção da natureza em uma representação artística de formas geométricas, que não nega o real, mas procura provocar um despertamento para uma nova realidade.

A presença da estética, para agradar os olhos; a simplicidade em reconhecer o objeto, um horizonte de montanhas e luzes do dia; e a opinião do artista, que vê nesta obra traços que representam o capítulo 19 do livro de Salmos.